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terça-feira, 11 de novembro de 2014

O Velho com um inchaço na face do rosto



O Velho com um inchaço na face do rosto



“Era uma vez um velhinho muito trabalhador.
Em sua bochecha direita ele tinha um grande tumor benigno, que formava um calombo. Um dia, ele foi para a montanha cortar madeira, e de repente começou a chover.

- Minha nossa! O que vou fazer? – falou.

Ele teve sorte de achar um grande abrigo em uma árvore oca, onde pôde se esconder até a chuva parar. Enquanto esperava, ele começou a cochilar, e acabou adormecendo.

Ao acordar, ficou muito surpreso ao descobrir que já era noite, e que na frente de sua árvore ocorria uma festa completa, com ogros vermelhos e verdes dançando.

- Ahá! –gritou um ogro. – Há um velho dentro da árvore.-e eles o puxaram para fora de seu esconderijo.

- Agora, velho, você, precisa dançar para nós.

Assim, o velho dançou mostrando a sua melhor performance para os ogros.

-  Muito bem, muito bem! Isso foi muito divertido – disseram os ogros, e bateram palmas exultantes.

- Você precisa vir novamente amanhã à noite para nos mostrar sua dança. 

Até lá, vamos guardar o seu calombo para ter certeza de que você virá e dançará novamente.

Eles tiraram o grande calombo da face do homem, pensando que devia ser algo muito precioso. O velho, naturalmente, ficou muito feliz por perder seu calombo e deixou a floresta cantando. Ao chegar em casa, ele contou a história para sua esposa, que estava tão surpresa quanto feliz. Seu marido ficara tão bonito sem o seu tumor!

O vizinho da porta do lado também tinha um calombo feio, e ficou muito animado ao ouvir a história.

- Eu poderia perder meu tumor da mesma forma! – pensou o vizinho, que seguiu para a mesma montanha e se escondeu na mesma árvore. Por fim, os mesmo ogros vieram para a festa.

- Chegou a hora! – disse o segundo velho, ao pular para fora da árvore e começar a dançar.

Porém, ele não pôde dançar tão bem quanto o primeiro velho. Os ogros não ficaram satisfeitos e gritaram:

- Essa dança não é tão boa quanto a primeira que nós vimos na noite passada!

Um deles disse:

- Nunca mais queremos vê-lo dançar! Vamos devolver-lhe o calombo, assim não voltará mais. Os ogros pegaram o calombo que tinham tomado do primeiro velho, puseram no seu vizinho e o expulsaram. O segundo velho voltou triste para casa, com dois calombos na face em vez de um.” 

Obs.: Livro de consulta: As Histórias Preferidas das Crianças Japonesas, livro 02, 2005, pág. 40, Editora JBC.     

Análise do texto:

Daí podemos deduzir que sentimentos de inveja e má vontade só tendem a acumular peso, calombo e sofrimento no nosso corpo de constituição mais fina; diferente da boa vontade e daqueles com disposição de sempre poderem estender a mão e fazer o melhor para o próximo.

Essa é uma mensagem de alerta para o nosso proceder, porque a imagem do velhinho representa o final de um longo período de nossa peregrinação, desenvolvimento e estadia como hóspedes nesta vida terrena de matéria grosseira e de matéria fina.
Diferente quando um espírito humano alcança o Reino Espiritual, o imperecível da Criação.

O Último Exame ou o Exame Final, essa sim, é a mensagem deste precioso texto.

                                                            
                                                                           

                                                           Escrito por: Yoshio Nouchi

UrashimaTaro.



UrashimaTaro.

“Há muito, muito tempo, havia um jovem pescador que vivia no litoral. Seu nome era Urashima Taro.

Um dia, enquanto caminhava ao longo da praia, ele viu que alguns meninos tinham apanhado uma grande tartaruga do mar. Eles estavam importunando e espetando a tartaruga com varetas.

Taro tinha um coração muito bondoso, e odiava ver pessoas sendo cruéis com os animais. Por isso, ele disse: - Meninos, por favor, deixem a tartaruga ir embora. Ela não faz mal a ninguém, e vocês não deviam ser malvados com ela. Tratem de levá-lade volta ao mar.

Os meninos ficaram envergonhados de si mesmos. Eles colocaram a tartaruga de volta na água e a observaram nadar, feliz, para longe.

Muitos dias depois, Taro estava novamente caminhando pela praia quando ouviu uma voz dizendo:

- Taro! Taro!

Ele olhou ao redor, mas não pode ver ninguém.

- Quem está me chamando? – perguntou.

- Aqui estou – disse a voz vinda do mar. Quem falava era uma tartaruga que vinha rastejando na areia.

- Sou a tartaruga que você salvou outro dia. Quando retornei ao palácio no fundo do mar, contei à Princesa do Mar o que você tinha feito. Isso a deixou muito feliz, e ela me pediu para que eu o levasse ao seu encontro.

- Sempre quis visitar o fundo do mar – respondeu Taro, que subiu na carapaça da tartaruga e foi carregado velozmente até muito fundo, onde ficava o grande palácio, nas profundezas do mar.

- Taro, você foi muito bondoso com meu servo, a tartaruga – disse a princesa. – Eu queria lhe agradecer, por isso pedi que a tartaruga o trouxesse até aqui. Por favor, seja meu amigo e esteja no meu palácio para sempre. Nós seremos muito felizes, e você poderá ter tudo o que desejar.

Taro acabou ficando no palácio com a Princesa do Mar. No início, comeu pratos maravilhosos, viu coisas incríveis, e estava muito feliz. Mas, depois de um período que lhe pareceu durar poucos dias, começou a sentir saudades de casa e de seus amigos da superfície.

Ele ficou pensando sobre como estavam seu pai e sua mãe.

- Tenho sido muito feliz aqui, mas quero voltar à terra e ver meu lar e meus amigos. Por favor, me leve de volta à minha terra.

- Está bem, Taro – respondeu a princesa. – Se você está determinado a ir, 
o levarei de volta. Mas fico triste por vê-lo partir. Nós temos sido tão felizes juntos! Como recordação de sua visita, darei a você esta bela caixa. Enquanto a possuir, poderá voltar para me visitar sempre que quiser. Porém, Taro, nunca abra, jamais! Se a abrir, nunca mais poderá voltar aqui. Não abra a caixa.

Taro pegou a caixa, agradeceu a princesa pelo período fantástico que passou no fundo do mar, subiu na carapaça da tartaruga e rumou de volta para casa.

Ao chegar à praia, a vila tinha mudado. Ele não podia nem mesmo encontrar sua própria casa. Foi então que perguntou a algumas pessoas na praia:

- Onde fica a casa de Urashima Taro, e onde estão seus pais?

- Meu jovem, por que você pergunta sobre coisas que aconteceram há muitos e muitos anos? Urashima Taro se afogou há tanto tempo que muitos de nós nem mesmo éramos nascidos. Que estranho você não saber disso!

Taro estava intrigado. Como era possível? Ele era o mesmo, ou pelo menos assim pensava, mas as pessoas e o local eram diferentes. Será que o segredo desse mistério estaria na caixa que a Princesa do Mar havia lhe dado? Ele pensou sobre isso por algum tempo e depois, finalmente, decidiu abrir a caixa, apesar de a Princesa do Mar tê-lo avisado para que nunca o fizesse.

Taro retirou a tampa, e uma estranha fumaça branca saiu da caixa e o envolveu. Ele tocou sua face, e descobriu que estava toda enrugada e que possuía uma longa barba branca. Sem se dar conta, ele havia passado muitos e muitos anos no fundo do mar, e não apenas alguns dias.

A caixa mágica conservara-lhe sempre jovem, mas agora a fumaça vinda da caixa o transformara no homem velho que realmente era. Seus amigos tinham partido, e uma vez aberta a caixa, ele jamais poderia retornar ao palácio da Princesa do Mar. Taro ficou chorando na praia.” 

Obs.: Texto extraído do livro: As Histórias Preferidas das Crianças Japonesas, Livro 02, 2005, pg. 31, Editora JCC.

Análise do texto:


A história nos ensina que há muito tempo, habitávamos uma região onde era o ponto extremo de um reino, onde ele tocava de leve o início de outros reinos inferiores ou planícies.

Para a possibilidade de crescimento, não era possível ascender a novos planaltos superiores, sem antes colher vivência e aprendizado, peregrinando pela Criação, onde para transpor um grande Reino para outro, seria conduzido carinhosamente por servos do Altíssimo, transpondo reinos intermediantes até chegar a parte mais afastada e pesada da Criação.

Só nesta região longínqua seria possível servir de tudo aquilo que era útil para o nosso próprio progresso.

Continuamente deveria empreender um esforço sincero para o reconhecimento das leis eternas da Criação, e trabalhar para promover o bem, assim fazendo desabrochar todas as capacidades latentes da nossa origem.

Devemos nos manter vigilantes e alertas para não cairmos nos engodos dos falsos ensinamentos que semeiam a tentação, e evitando que se caia nas garras do falso príncipe, princesa e de seus súditos, onde eles pregam ruína dos espíritos humanos, baseado numa vida faustosa de gozo, prazeres terrenos e outros, apagando assim, definitivamente as lembranças da terra natal.

Se não empreendermos todos os esforços, correremos sérios riscos, e quando despertarmos no último instante, o nosso espírito já se encontrando velho e cansado, não teria mais forças para encontrar o caminho de volta, perdendo assim a finalidade da própria existência.

Urashima Taro, uma mensagem de grande valor espiritual, para cada um de nós.

  Escrito por: Yoshio Nouchi

A lenda do judô: “Ceder para vencer”


       
A lenda do judô: “Ceder para vencer”

“Existem duas lendas que supostamente deram origem ao judô, uma japonesa e outra chinesa”.

A lenda japonesa falade um salgueiro e de uma cerejeira no inverno.

Os galhos da cerejeira quebravam tal qual fósforos sob o peso da neve, enquanto que o salgueiro, flexível, cedia e fazia a neve escorregar, não
dando a chance de pressioná-lo.

Este é o princípio do Judô: ‘Ceder para Vencer’.” 


Obs.: Texto original extraído do site: www.pdcinho.onegaibr.com

Análise do texto:

Esta singela lenda do judô nos adverte para o que é vivo e o que está morto.




Escrito por: Yoshio Nouchi



  

                                                                   

O Pinheiro Puxa-Puxa




              
      O Pinheiro Puxa-Puxa


“Era uma vez um jovem lenhador que vivia no Japão. Ele era muito pobre, mas de bom coração. Sempre que ia recolher lenha, jamais quebrava os galhos ainda verdes das árvores e sempre recolhia os galhos caídos no chão. Isso porque o bom lenhador sabia o que aconteceria se ele quebrasse uma árvore: a seiva, que é como o sangue da árvore, poderia gotejar e gotejar, como se a pobre árvore estivesse sangrado. O lenhador não queria machucar as árvores e, por isso, nunca quebrava nenhum de seus galhos.

Certo dia, o bom lenhador estava passando sob um pinheiro bem alto em busca de lenha, quando ouviu uma voz dizer:

-Puxa-puxa, minha seiva se esvai; de meus galhos quebrados ela cai.

O lenhador olhou ao redor e percebeu que alguém havia quebrado alguns galhos do pinheiro, e agora sua seiva gotejava. Ele habilmente emendou os galhos quebrados, dizendo:

-Nos galhos frágeis faço um remendo, para a seiva não descer correndo.

Ele cortou as tiras de suas próprias roupas para fazer curativos. Assim que terminou de remendar os galhos, muitas gotas de ouro e prata caíram da árvore- eram moedas! O lenhador ficou muito surpreso e mal pôde acreditar no que seus olhos viam. Ele olhou para cima do pinheiro e agradeceu. Depois, recolheu todas as moedas e levou-as para casa.

O bom lenhador tinha tantas moedas de ouro e prata que imaginou ter se tornado um homem muito rico.

Pinheiros são símbolos de prosperidade no Japão, e com certeza, o pinheiro agradecido retribuiria sua boa ação com este ato de generosidade.

Nesse momento, uma face apareceu na janela da casa do lenhador- era o rosto de outro lenhador. Mas esse lenhador era uma pessoa maldosa. De fato, foi ele quem quebrou os galhos do pinheiro.

Ao ver as moedas, o lenhador mau perguntou:

-Onde você conseguiu todas estas moedas? Que brilhantes e bonitas elas são!

O bom lenhador mostrou as moedas para o outro ver. Elas eram de um formato oval, como as moedas usadas antigamente no Japão;e ele tinha cinco cestas delas. O bom lenhador contou ao outro como conseguiu ganhá-las:

-Foi aquele pinheiro grande?

-Sim, foi! - confirmou o bom lenhador.

-Humm- disse o lenhador mau, e saiu correndo o mais rápido que pôde. 

Ele queria algumas das moedas para si mesmo.

Rapidamente, o mau lenhador foi até o velho pinheiro, e a árvore disse para ele:

-Puxa, puxa, minha seiva se esvai;me toque e verá como ela cai.

-Oh, isso é tudo o que eu quero- disse o mau lenhador. –Uma chuva de ouro e prata!

Ele foi até o pinheiro e quebrou o galho. O pinheiro de repente despejou muitas gotas sobre o mau lenhador. Mas eram gotas de seiva, pegajosas como um puxa-puxa.

O mau lenhador ficou coberto de seiva, braços e pernas. A seiva era tão grudenta que ele não conseguia se mover. Embora tenha gritado por ajuda, ninguém pôde ouvi-lo. Ele teve de ficar ali por três longos dias- um para cada galho que quebrava, até que a seiva se tornasse macia o bastante para ele conseguir se arrastar até a sua casa.


E, após o ocorrido, o mau lenhador nunca mais quebrou outro galho verde de árvore.” 

Obs.: Texto extraído do Livro: As Histórias Preferidas das Crianças Japonesas, Livro 01, pg. 48, Editora JBC.

Análise de texto:

 Procurando simplificar ao máximo, segue a mensagem que foi passada para a posteridade:

 O lenhador era pobre,mas de bom coração, e procurava respeitar tudo o que estivesse a sua volta, onde até um pequeno detalhe lhe era importante, e a natureza retribuía cada ato de generosidade.

 Em outros termos, mas com o mesmo efeito, vale lembrar daquele ditado, o que semear, colherá multiplicado.
   Escrito por: Yoshio Nouchi

As Lágrimas do Dragão


             

           As Lágrimas do Dragão






“Em um lugar muito longe, em um país estranho, vivia um dragão. Sua casa ficava em uma caverna funda, encravada na montanha, de onde seus olhos brilhavam como faróis. Quando algumas pessoas que viviam nas proximidades estavam reunidas à noite ao redor do fogo, alguém costumava falar:

- Que dragão terrível vive perto de nós!

E outra pessoa concordava, dizendo:

- Alguém precisa matá-lo!

Sempre que as crianças ouviam sobre o dragão ficavam apavoradas. Mas havia um garotinho que nunca se amedrontava com essas histórias. Todos os vizinhos diziam:

- Que garotinho engraçado!

Quando se aproximou o aniversário dele, sua mãe lhe perguntou:

- Quem você gostaria de convidar para o seu aniversário?

E o garotinho disse:

- Mãe, eu gostaria de chamar o dragão!

- Você está brincando?- disse sua mãe surpresa.

Ele respondeu muito decidido:

 - Não, estou falando sério: quero convidar o dragão.

Assim, no dia anterior ao seu aniversário o garotinho saiu furtivamente da casa. Ele caminhou, caminhou e caminhou até alcançar a montanha onde vivia o dragão.

- Olá, Senhor Dragão! – o garoto chamou do vale, gritando o mais alto que pôde.

- Qual é o problema? Quem está me chamando? – rugiu o dragão, saindo de sua caverna.

O garotinho disse:

- Amanhã é meu aniversário, e haverá um monte de coisas boas para comer. Por favor, venha à minha festa. Eu percorri todo esse caminho até aqui para lhe convidar.

Primeiro, o dragão não pôde acreditar no que ouvia, e continuou rugindo para o garoto. Mas o menino não estava assustado, e continuou dizendo:

- Por favor, Senhor Dragão, por favor, venha à minha festa!

Finalmente, o dragão entendeu que o garoto estava sendo sincero e realmente queria que ele, um dragão, fosse à sua festa de aniversário. Então, o dragão parou de rugir e começou a chorar.

- Que coisa boa me aconteceu! – gemeu o dragão. – Eu nunca tinha recebido um convite de ninguém antes.

As lágrimas do dragão escorreram e escorreram, até que finalmente formaram um rio. Então, ele disse:

 – Venha, suba em minhas costas, e eu lhe darei uma carona de volta para casa.

O garoto subiu bravamente nas costas do dragão feroz, que seguiu adiante nadando correnteza abaixo do rio formado por suas próprias lágrimas. Mas, à medida em que seguia, seu corpo mudou de forma e tamanho em um passe de mágica. E de repente – quem pode explicar! – o garotinho estava navegando bravamente rio abaixo em direção à sua casa como capitão de um barco-dragão a vapor!”  

OBS.: Livro de Consulta: As Histórias Preferidas das Crianças Japonesas, Livro 02, 2005, pág. 13, Editora JBC. 

Análise do texto:

Esta história, como tantas outras que foram transmitidas para vários povos e para a humanidade, vem nos alertando há algumas centenas de anos para que mantenhamos a espécie do nosso espírito puro e infantil. 
Ela adverte para o perigo de aceitar de uma forma irrefletida, dogmas e ensinamentos rígidos e pré-concebidos, diferentemente quando se procura seguir a voz interior.
Tudo o que é inflexível é como um galho seco, diferente de um galho verde que é flexível; assim é a infantilidade, que contribuiu para romper com o tradicional que imperava no seu meio.
O menino aniversariante simplesmente seguiu a sua intuição, e quando chegou àquela data especial, deixou para trás o seu corpo de matéria grosseira, e a sua alma pura, sendo reconduzido por servos do Altíssimo pelos rios da vida, de volta para casa, à terra natal. Uma história que ficou para a posteridade, que nos conta de uma forma figurada como deve ser o verdadeiro ser humano, uma criança, um eterno aprendiz neste grande lar da Criação.


           


                                                             Escrito Por: Yoshio Nouch
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Kin no ono – Machado de Ouro (Lendas)


                          

 Kin no ono – Machado de Ouro (Lendas)



“Era uma vez um casal de idosos que vivia sozinho numa cabana construída ao pé de uma montanha.

Um dia, o velhinho subiu a encosta em busca de lenha. Mas quando cortava uma árvore, o machado acabou se desprendendo do cabo e caiu no lago que se formava sob uma cachoeira. Ele desceu até a margem, preocupado em recuperar aquela importante ferramenta de trabalho.

Enquanto se debruçava sobre as águas, o velhinho viu uma grande carpa se aproximando, trazendo um machado de ouro na boca. O peixe parou, oferecendo-lhe a peça. Mas o velhinho era honesto demais para aceitar algo que não lhe pertencia.

- Mas meu machado é de ferro!- disse o velhinho.

Ao ouvir isso, a carpa mergulhou novamente, voltando com a peça de ferro, já gasta pelo tempo.

O homem agradeceu e retornou para a casa.

No dia seguinte, ao acordarem, os dois idosos levaram um susto: o machado de ferro havia se transformado em uma peça de ouro maciço. Eles ainda estavam comemorando o acontecimento quando sua vizinha veio bater à porta para pedir emprestado um pouco de lenha. Ao ver a peça de ouro, os olhos da visitante brilharam, cheios de cobiça:

-Onde vocês conseguiram isso? –perguntou.

Então, o velhinho explicou a história. A vizinha correu para casa e contou o episódio para o marido, pedindo-lhe que fosse até a montanha cortar a árvore no mesmo local onde o velho tinha ido. Ele foi e fingiu que estava cortando o tronco de uma árvore.

De repente, deixou cair o machado dentro do lago. Ao chegar à margem, viu a carpa gigante trazendo a ferramenta.

- Mas meu machado é de ouro! – disse ao peixe.

A carpa mergulhou e se aproximou dele com uma peça reluzente na boca. O homem mal conseguia se conter. Ansioso para colocar as mãos no machado de ouro, acabou se precipitando e caiu no lago, morrendo afogado.”  


Obs.: Texto original extraído do site: www.pdacinhos.onegaibr.com

Análise do texto:

Depois desta vida terrena, vários ensinamentos espirituais citam que faremos uma passagem para outro lado, ou estaremos lá no Além. A história nos alerta, que também lá, rege uma simples lei da Criação- aLei da Gravidade.

Aqueles que possuem constituição pura, e procuram se enquadrar harmoniosamente na lei da Criação, serão elevados; ao contrário, os que aspiram pelo impuro, pesado e que visam apenas o terrenal, tendem a afundar.


Escrito por: YoshioNouchi